DIVERSÃO, MUITOS DESAFIOS E DESENVOLVIMENTO
Descubra como o aprendizado pode ser intenso e, ao mesmo tempo, muito divertido!
"Em um mundo em rápida mudança, os jogos de tabuleiro modernos estão sendo revisitados como a grande alternativa aos jogos digitais, trazendo muito mais diversão, inteligência, aprendizado e, acima de tudo, conexão humana."
Fernando Tsukumo
Docente da FGV , Miami Ad School e Fundador da Sua Vez Desenvolvimento
Diferentemente dos jogos recreativos tradicionais, os jogos de tabuleiro modernos oferecem um nível de desafio focado na solução de problemas, em uma experiência prazeirosa à mesa e no valor da coletividade, reforçando princípios educativos.
por Fernando Tsukumo
Todos nós temos recordações dos jogos que brincamos na infância e juventude. Sejam eles os pequenos jogos que fazíamos com nossos pais, primos e familiares, sejam aqueles que fazíamos nas ruas.
O fato é que eles desempenham um papel importantíssimo na nossa formação. É através dos jogos que aprendemos uma boa parcela de nossas relações humanas, como negociação, sociabilidade e cooperação.
Alguns teóricos falam mais brevemente, outros dedicam livros inteiros e até grande parte de suas vidas ao estudo de jogos na educação. Não existe teórico em educação que não trate do assunto. De Skinner a Vygotsky, de Froebel a Waldorf, quando não têm a brincadeira e o jogo como pontos centrais de seu trabalho, discutem profundamente o efeito da brincadeira na educação. A própria origem da palavra brincar é de vinculum, vínculo.
Jogos são laboratórios seguros que trazem recortes e cenários da vida para serem testados pelas hipóteses de seus jogadores. Frente ao sucesso ou insucesso, o jogador tem a oportunidade de reformular, aprimorar e até repetir a sua hipótese, estimulando o desenvolvimento proximal constante.
As novas tecnologias têm trazido de maneira cada vez mais acelerada o acesso à informação e, com isso, a escola tem gradativamente reduzido sua importância como um centro de produção de conteúdo para cada vez mais ser um centro de desenvolvimento de competências e habilidades, e, em muitos casos, valores.
Dentro deste contexto, o “como” vai tomando o lugar do “o quê”. Se antes a matéria era o central, ela agora deve dividir espaço com o aprendizado de processos que permitirão ao aluno ser o produtor e crítico do seu conhecimento.
Processos metacognitivos, que permitem que os indivíduos avaliem como aprendem e possam “aprender a aprender” de outras formas, tornam-se fundamentais em um cenário em que a quantidade de informação e o seu acesso não são mais o gargalo. A seleção, síntese, processamento e reflexão passam a ser as grandes ferramentas para aprender a lidar com a nova abundância de informações. A questão agora é “como” transformar isso tudo em conhecimento.
Além disso, a escola, como centro comunitário, exerce um papel igualmente importante de socialização, aumentando ainda mais a relevância de desenvolvimento de saberes sociais, de convivência e diálogo.
As novas tecnologias e redes vieram com a promessa de conectar as pessoas, mas em muitos casos provocam exatamente o oposto, gerando isolamento. E é nesse momento que os jogos de mesa vêm à tona como ferramentas de desenvolvimento de habilidades e promoção da interação social.
É interessante notar que no Brasil o uso dos chamados “jogos de tabuleiro modernos” ou “board games” ainda é embrionário.
A modernização teve início na década de 90, na Alemanha (país onde os pais consideram que jogar com seus filhos faz parte de seus deveres), entretanto, por aqui ainda são vistos como referência títulos dos anos 80, época em que eram lançados cerca de 500 novos jogos por ano no mundo.
Hoje falamos de mais de 5 mil lançamentos por ano, abrangendo os temas mais variados possíveis, com jogos que podem durar de um minuto a vários dias, atender a um jogador ou a um número ilimitado (sim, sério!).
Classificamos os jogos educativos de maneira a compreender como são estimuladas as nove inteligências descritas pelo psicólogo cognitivo e educacional Howard Gardner em sua teoria das Inteligências Múltiplas. Confira a seguir:
INTERPESSOAL
Reconhecer e entender os sentimentos, motivações e intenções de outras pessoas.
EXISTENCIALISTA
Ter consciência de si no universo, de ver o todo e questionar-se o porquê da vida.
LÓGICO-MATEMÁTICA
Desenvolver equações, encontrar padrões, fazer cálculos, resolver problemas e provar hipóteses.
MUSICAL
Produzir e compreender diferentes tipos de som, ritmos, tons e timbres.
NATURALISTA
Identificar e distinguir os diferentes tipos de seres vivos e fenômenos da natureza.
ESPACIAL
Interpretar e reconhecer formas/ distâncias e de inferir movimentos e posições mentalmente.
INTRAPESSOAL
Conhecer a si mesmo, seus sentimentos, desejos e personalidade.
LINGUÍSTICA
Capacidade de se comunicar, expressar ideias, improvisar e contar histórias por meio da língua.
CORPORAL-CINESTÉSICA
Controlar e usar o próprio corpo para resolver problemas, expressar-se ou produzir conceitos.
Duração razoável (média de 3045 minutos) e pouco tempo de inatividade
Grande interação entre os jogadores e foco em experiências imersivas
Competição por recursos e/ou pontos ao invés de ataques e combates
Pouca ou nenhuma influência da sorte
Protagonismo do jogador, com dilemas de suas escolhas
Maior equilíbrio do jogo, de forma que todos tenham chances de ganhar
Profundo trabalho de curadoria e incansáveis testes
Não eliminação de participantes
Alto fator de rejogabilidade (jogar diversas vezes sem perder o estímulo)
Qualidade de ilustração e componentes
Em contraste com os jogos educativos tradicionais, os jogos modernos foram capazes de trazer a diversão e o desafio para a mesa, trabalhando consistentemente o desenvolvimento de habilidades e competências. E, por serem realmente divertidos, o momento de aprendizado se estende para além da aula, pois os alunos têm vontade de continuar jogando.
Honestidade
Empatia
Autocontrole e foco
Poder de negociação
Memória, lógica e raciocínio
Percepção visual e espacial
Coordenação motora fina e grossa
Inteligência emocional
Contorno de adversidades e perseverança
Planejamento estratégico e gerenciamento de recursos
Valorização das regras como parte essencial da socialização
Vivência de diferentes papéis em diferentes situações
Socialização e, em alguns casos, a cooperação entre os jogadores
Esportividade: competitividade e respeito pelos outros jogadores
Sentar-se à mesa para se divertir não é mais apenas um grande prazer, mas é fonte de aprendizado, de alegria e de vínculo com as pessoas que amamos e valorizamos em nosso dia a dia.
Pensando nisso e em como ajudar na árdua tarefa de escolher um bom jogo para educar e integrar é que construímos a lista de jogos a seguir com os saberes que eles ajudam a trabalhar.
Aproveite!
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